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Acenda também a sua

 

Destacando que importantes cientistas estão “dando a cara a tapa” a fim de defender a legalização da maconha, Galileu oferece uma abordagem sobre o tema onde a Cannabis é apenas mais uma planta

 

Luiz Gustavo dos Santos

 

Organização das Nações Unidas (ONU) adverte: marijuana, por mais legal que seja não deve ser legal.

 

Representantes da cúpula aconselharam os países signatários em 1961 a proibir maconha. O assunto sempre foi polêmico e, embora não tão difundido, avançou em julho 2012 se tornando protagonista das pautas comandadas pelos meios. O tema ganhou maior atenção quando dois estados americanos ousaram legalizar a erva e também quando o Uruguai propôs a criação do primeiro mercado regularizado de maconha do mundo.

 

A revista Galileu se tornou expoente desta mídia preocupada em abordar o tema quando publicou algumas edições voltadas à questão. “Maconha: a ciência da legalização”, “É remédio, sim”, “A ciência da larica: por que maconha causa fome”, “Maconha vs. Álcool”... Em uma destas edições, a matéria “New York Times publica seu primeiro anúncio de maconha medicinal”, refletiu a posição editorial da revista, obviamente, voltada à mesma linha do periódico estadunidense. Galileu, aparentemente, ergue a bandeira da legalização, um viés bastante liberal, se comparado com veículos mais conservadores, caso da Veja. Inclusive, esta comparação (entre materiais produzidos pelas duas revistas) foi feita por internautas em comentários de um portal brasileiro sobre cultura canábica.

 

Em um dos textos da edição “Maconha: a ciência da legalização”, a revista cita o caso de Pedro Caetano, baterista da banda de reggae carioca “Ponto de Equilíbrio”. Por ser adepto da religião rastafári, que utiliza maconha em muitos de seus rituais, Caetano plantava a erva em sua própria casa. Eram dez pés da cannabis produzidos em seu próprio quintal. Não se sabe por que cargas d’água, mas a polícia tomou conhecimento de sua produção caseira e prendeu o moço, achando que ele era traficante.

 

A revista explicou que Pedro acabou enquadrado por causa da ambiguidade existente na lei 11.343, de 2006, que não determina quantidades exatas para separar usuários de fornecedores.  Por esse motivo, o baterista ficou detido durante duas semanas. Apesar dos pesares, o assunto acabou ganhando repercussão merecida. Galileu fez questão de ressaltar que a história poderia ter sido apenas mais uma do gênero nas páginas dos periódicos, não fosse o fato de que o acontecimento chamou a atenção de 4 dos mais proeminentes cientistas brasileiros, esquentando uma discussão que nascia no meio científico: a legalização da maconha no Brasil. Stevens Rehen, João Menezes, Cecília Hedin e Sidarta Ribeiro, indignados com o acontecido, levantaram a bandeira do “paz e amor”.

 

Galileu chegou a afirmar que o caso do músico só ganhou destaque por causa da posição assumida pelos cientistas citados, frente ao problema. Não há dúvida quanto ao pioneirismo de Galileu no cenário jornalístico brasileiro. A revista assume uma postura que procura fomentar o debate e promover esclarecimento às massas. Assim como Thomas Edison deixou um legado luminoso ao acender a primeira lâmpada, a Galileu, através de sua postura pró-legalização e abordagem equilibrada sobre o tema, também pretende acender o baseado do discernimento na mente de muita gente.

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