Absolutamente nada
A mídia sempre cumpriu a missão de perpetuar em nossas memórias, o que um dia, grandes ícones representaram. Polêmicas criadas em torno da morte de grandes ídolos marcaram época e muitas gerações.
Luiz Gustavo dos Santos
Não é de agora que a mídia faz com que famosos e grandes estrelas sejam considerados como “imortais”. Artistas que mostraram ao mundo seus talentos através da música, do teatro, da tevê, da rádio e de muitos outros meios, conseguiram atingir um patamar de respeito e admiração muito elevado. Não que merecessem, pois a maioria deles não servem como exemplo. Quem nunca ouviu, por exemplo, a famosa frase “Elvis não morreu”. Casos como o de Elvis Presley, rei do rock, vão além da admiração e respeito, chegando a criar polêmicas que contestam a própria morte.
É fato que as mídias cobrem de maneira clara e objetiva as mortes das celebridades, mas por outro lado quando surgem as dúvidas se realmente estão mortos ou vivos deixam um ponto de interrogação em nossas cabeças. Algumas teorias são conspirações mirabolantes mas sinceramente há outras que fazem tanto sentido que chegam a assustar.
O caso de Paul McCartney é um clássico se tratando do tema. ”E se Paul McCartney tivesse morrido?” este foi o título dado a uma matéria da Super Interessante que contou a “teoria da conspiração” muito conhecida por traz da morte do ex-Beatle e como seria se ele realmente tivesse batido as botas no auge da banda em novembro de 1966. Oposto de McCartney é o caso de Adolf Hitler, que supostamente estaria vivendo aqui no Brasil onde teria morrido aos 95 anos. Diferente da história oficial contada de que o ditador teria atirado na própria cabeça após reconhecer a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Será mesmo? A teoria é defendida por uma pesquisadora brasileira, Simone Guerreiro, que lançou o livro “Hitler no Brasil – Vida e Morte”. O caso acabou chamando a atenção mundial e vários jornais nacionais e internacionais falaram sobre esta polêmica teoria. O Jornal do SBT de Mato Grosso e a Record também foram atrás para saber mais sobre a história contada por Simone. Sem se aprofundar o SBT cobriu com imparcialidade o caso, e a Record acabou se aprofundando bem mais. Uma cobertura realizada com fontes e fatos reais que realmente pode chegar a ser verdade.
O caso conspiratório mais recente se dá pela morte de Michael Jackson, noticiado no mundo todo através de todas as mídias causou grande comoção, que logo em seguida se transformou em esperança por razão dos muitos boatos de que Michael não estaria morto. A rede Record de televisão, dedicou um programa todo para esclarecer, ou não, os mistérios sobre a morte do rei do pop. Em comentário no youtube uma telespectadora diz: “Isso explica o porquê a audiência deste canal é tão baixa. É uma vergonha tentar viver as custas do outro. Há tanto a ser falado e mostrado. O Brasil precisa de boas notícias e coisas que façam o país mudar.” Realmente o programa Balanço Geral exibido pela Record, comandado na ocasião pelo jornalista Marcelo Rezende, foi tendencioso, apesar de a todo momento Rezende dizer que não estava ali para provar nada.
A mesma telespectadora ainda em seu comentário ressalta um ponto que deveríamos refletir, “supondo que Michael estivesse realmente vivo. O que ganhariam com isso?”. Financeiramente falando, a rede de televisão não ganharia nada, eu nada e você? Nada também. Mas por outro lado estaríamos ganhando o privilégio de poder desfrutar das músicas e performances do rei do pop. Isso se tivéssemos dinheiro para no mínimo adquirir seus CD’s e DVD’s.