O ovo ou a galinha?
Nathália Lima
Teorias da conspiração. Assuntos que geram polêmica por todo o mundo. Seriam elas, respostas conclusivas perante situações mal resolvidas? Ou, quem sabe, mentiras baseadas em motivos diferenciados para algo que aconteceu? Calúnias contadas visando um bem maior? O fato é que existiram. E, neste texto, vou convencê-lo do porquê.
O princípio das dores
O mundo é rodeado de meias verdades e mentiras de “pernas longas”. Entre histórias “cabeludas” e “contos do vigário”, nós, reles mortais, somos pintados como desentendidos do assunto e ganhamos um carimbo de “ignorantes” na testa. Como se não fosse pouco, ainda acreditamos que o que aconteceu não é nada anormal. É apenas obra do acaso.
O avião na Malásia caiu por acaso. A culpa do 11 de setembro é dos árabes. O destino é que tem culpa, não o “fulano” que está por trás de tudo. Somos forçados, até mesmo pela própria mídia, a acreditar que a culpa de acontecimentos como estes não é de quem deveria ser.
Mas para contextualizar, volte comigo ao passado. Mais precisamente, à origem do mundo. Sendo criacionista, acredito que tudo foi criado por Deus e que, embora ame os animais, não viemos (de maneira alguma) do macaco. Ainda reitero que minha crença é baseada em estudos, possibilidades, fé.
Não há provas de que existe um Deus. Digo, provas concretas que realmente comprovem a existência de um ser inteligente que criou tudo do nada. Tudo o que temos são apenas teorias.
Também não há como garantir que o homem, em seu estado atual, é fruto de uma explosão cósmica, juntamente com a evolução de uma única espécie. Fósseis encontrados não têm a propriedade de alegar que o mundo explodiu e se fez. São indícios, não provas. Somos movidos por crenças, sejam elas em verdades, mentiras ou coisas parecidas.
Born to believe
Entendendo o que foi comentado no tópico acima, podemos concluir que teorias conspiratórias são uma necessidade humana – necessidade de explicação para o que não se entende. Já percebeu que até a Coca Cola tem uma teoria conspiratória? Pois é. Sou da época que todos tiravam o vistoso rótulo vermelho da garrafa para ler a sombra da inscrição no verso do plástico com o nome da marca e confirmar que estava escrito “alô diabo”. Há conspiração em tudo.
O fato é que necessitamos de explicações. Válidas ou não, nascemos para acreditar em algo, seja no Papai Noel ou na teoria da evolução. Somos movidos pela fé em algo ou alguém. Na verdade, a vida é uma conspiração. E uma conspiração das boas.
Parando para pensar que tudo é baseado em teoria, então somos rodeados por conspirações. Sim! Preste atenção: se não temos provas de como surgimos e não conseguimos prever para onde vamos, o que nos resta é a conspiração. A invenção de novas ideias que resultem em conclusões para acalmar o coração de todos. Afinal, ninguém da minha época morreu e ressuscitou para avisar o que acontece depois da morte.
Não temos certeza de nada. Ninguém sabe absolutamente nada sobre o que estamos fazendo aqui, ou para onde vamos. Mas continuamos aqui, criando e inventando desculpas para que o mundo tenha respostas. E o pior de tudo é que muitos se aproveitam dessa fraqueza intrínseca no homem para praticar o egoísmo e ganhar uns trocados.
Agora, por que não acreditar no que é dito? Se é tudo conspiração, pode ser que tudo seja verdade (ou não). Afinal de contas, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha?