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A transparência do terror

 

Benaya Vancine

 

Durante a década de 1970, a questão era vista como parte de um contexto revolucionário; hoje, atos terroristas estão cada vez mais comuns. Definido como um tipo específico de violência física, psicológica, econômica ou religiosa, essas ações estão diretamente ligadas à política. Uma estratégia que causa medo à população, tenta chamar também a atenção do governo, mas sua consequência é a morte de muitos inocentes. Segundo o dicionário de língua portuguesa, Aurélio, terrorismo significa: modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático da força. Forma de ação política que combate o poder estabelecido mediante o emprego da violência.

 

Os principais ataques com bomba, que se tornaram clássicos, foram o da Irlanda do Norte, Oklahoma, Líbano e Palestina. Já o ato terrorista mais conhecido foi o ocorrido em 11 de setembro de 2001, quando dois aviões supostamente sequestrados pela Al Qaeda se chocaram contra as torres do World Trade Center e o Pentágono (EUA) deixando mais de 3 mil mortos e milhares de feridos. Após esse ataque, o terrorismo se intensificou e o discurso antiterrorista ganhou destaque na mídia.

 

Tem a mídia incitado essa violência ou vem cumprindo o seu papel de informar a população? Com o desenvolvimento da tecnologia, essas ações se tornaram mais poderosas, aumentando seu raio de atuação. Para muitos, o terrorismo se confunde com o Islã ou com os muçulmanos. Qualquer homem com barba e/ou usando um turbante passou a ser uma “figura terrorista”. Isso caracteriza o poder da imagem, o poder da mídia.

 

O terrorismo geralmente tem objetivos políticos, religiosos, culturais e separatistas. E a cobertura midiática de alguns meios de comunicação tem cumprido o seu papel e definido a questão do terrorismo de maneira clara, transparente e imparcial. A BBC é exemplo. Os principais atos terroristas até hoje, tiveram uma cobertura detalhada sobre o ocorrido, apresentando os dois lados da moeda.

 

Na matéria intitulada Suspeito por atentado em Maratona de Boston 'queria punir os EUA', a BBC apresentou informações do julgamento de Dzhokar Tsarnaev. Um histórico do ocorrido, afirmações do réu e sua defesa, e as influências que possivelmente o teria levado a esse ato foram veiculadas. Sobre esse atentado existem coberturas do início do fato até o momento atual - o julgamento.

 

Com títulos fortes, cobertura realista e objetiva, a BBC narra notícias importantes, sem causar medo ou pavor à população. Sobre o ataque à redação do Charlie Hebdo, jornal satírico francês, que deixou 12 mortos, a mídia em análise apresenta mais de 100 matérias. Uma cobertura completa, com suítes. Não apresenta apenas informações isoladas, sensacionalistas, mas tem uma responsabilidade com a sociedade e apresenta todos os relatos até o seu desfecho. 

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