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Debate

Nosso suicídio

Thamires Mattos

Março 2015

 

Certa vez, li uma crônica que abordava o assunto da escassez de água no mundo. Em um futuro pós-apocalíptico, a população mundial seria como os “Jetsons”. Nossa comida seria feita de moldes feitos por impressoras 3D e acrescida de vitaminas artificiais. Nada de arroz e feijão de verdade. Um bom prato impresso seria a única oportunidade viável de alimentação para alguém que não seja o Tio Patinhas e só toma meio copo de água por ano. As pessoas morreriam com, no máximo, trinta anos. As rugas começariam a aparecer aos quinze. O cabelo de todos deveria ser raspado, pois não existiriam mais chuveiros. Tudo seria descartável, inclusive a felicidade, a qual fora sacrificada pelos gerentes malsucedidos do planeta – nós. 

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O homem não-civilizado

Kelson Brecht

Março 2015

 

Ele não precisou aprender se tinha o direito ou não de utilizar algo tão simples. Assim como qualquer outro ser do ar, da terra e da água, usufruir a última deveria ser tão natural quanto desfrutar os outros dois.

 

Ele aprendeu a criar ferramentas e armas. Aprendeu a caçar. Construir moradias, e a sustentá-las e protegê-las. Descobriu o fogo, com o qual pôde preparar seu alimento e se manter quente e confortável. Reproduziu-se e expandiu sua existência pela face do planeta. Expandiu também sua consciência, inteligência e capacidade de sentimentos e emoções. Amou. Descobriu. Guerreou. Matou e conquistou. 

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