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Debate

De que lado você samba?

Norton Rocha

Março 2014

 

Quaisquer destes veículos que apregoam notícias como verdades imutáveis e legitimam fatos complexos como eventos concretos, isolados de um vasto contexto, geralmente inundados pelas mais profundas perspectivas, acabam, inevitavelmente, com a instigante possibilidade de elevar a mídia à condição de agente propulsora dos debates mais profundos sobre o que é, de fato, intrínseco ao cotidiano da sociedade. Vai saber se as canções de Emicida não são mais efetivas diante desta profusão de ideias, deste amontoado de links, fotos, notas, reportagens e entrevistas sobre o carnaval e sobre o que pessoas absolutamente desinteressantes pensam sobre tudo isto. O que mais parece um classificado de personas non gratas numa busca desenfreada pelo reconhecimento, surge em confetes como estratégia mordaz para consolidar ou definhar celebridades do nosso show biz, e o pior, a partir de interesses aleatórios aos comuns de um público socialmente inerte.

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Agenda Setting "à brasileira"

Cley Medeiros

Março 2014

 

Não é de hoje que a desconfiança sobre as possíveis manipulações de notícias por parte dos grandes meios de comunicação estão nas conversas dos brasileiros. Muito evidenciada durante as manifestações de junho, quando mídias independentes mostravam abusos policiais e os meios tradicionais diziam que a "minoria de vândalos" foram quem provocaram as reações violentas da polícia, a crítica à grande mídia passou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e nos debates acadêmicos.

O menino da Rocinha e a pauta social

Guilherme Cavalcante

Março 2014

 

Vivemos uma época de crise. Uma crise de representação. Há décadas, pensadores como Jean Baudrillard, Zygmunt Bauman e François Lyotard já previam essa crise para o ambiente vivenciado pela nossa, já adulta, Geração Y. Aqui no Brasil, um dos primeiros a identificar esse cenário foi Muniz Sodré. Em sua obra “A máquina de Narciso”, lançada há 24 anos, ele cita um exemplo que poderia muito bem ter sido extraído na noite passada. Uma pesquisadora, ao indagar um engraxate morador da Rocinha sobre o que ele gostaria de ver na televisão, recebe como resposta um simples: “eu”.

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